Em abril, chegou ao fim a primeira fase de divulgação da campanha Keep Me Posted – Direito à Escolha do Cidadão.

Conheça as reações dos portugueses a este movimento.

E você, já aderiu?

 

A campanha Keep Me Posted – Direito à Escolha do Cidadão ou Keep me Posted Portugal, replica no nosso país a campanha europeia do mesmo nome. Porque esta é uma campanha internacional, os promotores da iniciativa nacional (CTT, APIGRAF e CELPA) decidiram manter a designação adotada nos países e entidades aderentes, que partilham os mesmos objetivos: promover o direito do cidadão de escolher a forma como quer receber a sua informação – em papel, digital, ou ambos – sem qualquer penalização ou custo adicional.

Até abril de 2020, os clientes que entraram em 519 das nossas Lojas e Pontos CTT ficaram a par da campanha, através de um desdobrável. Face à elevada procura, os iniciais 50 mil folhetos revelaram-se insuficientes, tendo sido produzidos mais 20 mil para distribuição nos nossos espaços.

O site https://www.keepmepostedportugal.pt/  mantém-se ativo para dar a conhecer a campanha,  os factos que levaram à sua criação, os dados de suporte à escolha e as informações necessárias para a adesão de qualquer cidadão, empresa ou entidade a este movimento. A campanha tem também presença constante nas nossas redes sociais.

Até ao momento, o site da campanha já conta com mais de 4800 visitantes, sendo que, em 2020, 63% entraram por pesquisa direta da campanha (resultado do impacto da divulgação nas Lojas e Pontos CTT) e os restantes através das várias das redes sociais dos CTT (aquando de publicações). O número de visitas mais relevante ocorreu na publicação feita a 15 de março, Dia dos Direitos do Consumidor.

O site é continuamente atualizado, sendo respondidos todos os pedidos de informação e comentários recebidos na mailbox da campanha (ver caixa: O que dizem os cidadãos).

Em abril, um novo parceiro, a DECO, veio juntar-se à campanha. Eis o testemunho que nos enviou: “Vivemos uma fase de transição digital, e é importante que os consumidores tirem o melhor partido destas novas ferramentas no seu dia-a-dia. Mas não devemos transitar, esquecendo um elemento fundamental para os consumidores: o seu direito de escolha. A DECO tem acompanhado com bastante preocupação as práticas de algumas empresas que obrigam ou penalizam o consumidor a aceitar modelos de faturação digital, sem que o mesmo possa escolher o modelo que mais se adequa ao seu perfil. Esta situação é especialmente problemática em serviços públicos essenciais, cujos destinatários são consumidores especialmente vulneráveis, com ausência de literacia digital. Obrigar o consumidor a suportar um custo acrescido pelo envio de uma fatura em papel quando esta é a alternativa mais adequada, constitui uma violação grave dos direitos dos consumidores e deve ser combatida pelas entidades reguladoras. Existe um valor do qual a DECO nunca prescinde: da liberdade de escolha do consumidor. É, por isso, que nos aliamos a esta iniciativa, pois consideramos que a mesma promove exatamente essa liberdade, reforçando a importância de que os meios digitais constituam um elemento complementar, mas não substituto aos anteriores meios”.

 

O que dizem os cidadãos

Dos inúmeros comentários recebidos através de cartas, site da campanha e redes sociais, aqui deixamos uma amostra que reflete bem a importância desta iniciativa para os portugueses.

  • Sou de opinião que não devemos ser obrigados nem a enviar nem a receber o que quer que seja apenas por meios informáticos. O Direito à Escolha é importantíssimo e daí o meu agradecimento pela iniciativa, que espero, venha a ter muitos apoiantes.

 

  • Atualmente recebo tanto correio eletrónico, em duas caixas de correio, a pessoal e a do trabalho, que à maior parte das coisas faço delete e não leio. Enquanto que uma carta em papel levo para a mesa de cabeceira para ver à noite. Ler no telemóvel está fora de questão, é tudo pequenino e às vezes tenho dificuldade em voltar a encontrar uma coisa que me interessa rever.

 

  • As entidades devem enviar a informação em suporte físico e não exclusivamente por correio eletrónico, pois muita gente não tem acesso à internet, nem a computadores. Infelizmente é uma realidade!
    Quem quiser receber exclusivamente por correio eletrónico, muito bem, mas quem não quiser ou não tiver acesso, não deve ser penalizado.

 

  • Prefiro a fatura em papel porque já fui prejudicado pela fatura eletrónica, ao não reparar num aviso que a mesma trazia.

 

  • Os meus pais não acedem à internet, e estando longe deles não lhes consigo levar os documentos em papel para que possam ir pagar ao MB.
    Certos operadores de telecomunicações já não permitem suporte em papel, sem que se tenha custo adicional.

 

  • Só hoje tomei conhecimento da campanha ao balcão dos CTT de Évora e não podia deixar de participar! Sou penalizada economicamente por optar pela faturação em papel, sentindo-a como um direito!

 

  • Nem todos podem aceder ou mesmo sabem utilizar e usufruir desta “janela para o mundo”. Sem desvalorizar a net e a sua inegável utilidade, o papel continua a ser uma mais-valia e não uma relíquia! O papel assegura o documento impresso, o contrato assinado no tablet, a certidão emitida online. É a segurança extra. Um não substitui o outro, complementam-se!

 

  • Acho muito positiva esta ação. O meu banco informou-me que iria enviar os meus extratos por correio eletrónico. Solicitei que me continuassem a enviar os extratos por carta. Perguntaram-me porquê e eu respondi: “Trabalho nos CTT, motivo pelo qual desejo continuar a receber correspondência física”.

 

  • Gosto de receber cartas, detesto ter de me ligar a um computador ou ao telemóvel para ver/consultar os meus documentos. Quero continuar a receber os extratos do meu banco em papel, quero ter a conta da luz, gás e água em papel.

 

Rosa Seródio

Fonte: Revista CTT 4, maio e junho de 2020

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